sexta-feira, setembro 16, 2011

Os dois novos brasileiros no WT

Por essa não esperavam: não apenas todos os cinco brasileiros se mantiveram na elite após a rotação de setembro, como entraram mais dois. As custas principalmente do contingente norte-americano, que perdeu dois de seus melhores goofies, ainda que um tenha pedido pra sair e o outro se mantenha como alternate.


Tell you what, this kid is on fire

Gabriel Medina é a sensação do momento, já havia feito história ao ganhar um WQS com apenas 15 anos, em 2009, agora continua confirmando profecias ao entrar para a elite aos 17. E o fez de forma acintosa, basta dizer que chegou na rotação em 16º no ranking, com base apenas em resultados do Qualifying. Este ano fez duas finais seguidas em Primes, ganhou uma, depois venceu dois 6 estrelas consecutivos. Em ondas grandes e em marolas. Coleciona notas dez pela ASP e fora dela, inclusive já somou vinte pontos duas vezes, em um King of Groms e em um Pro Junior, ambos na França. Suas experiências no WT até agora foram breves: wildcard em Bells duas vezes, não passou do round 3. Terá um intensivo a partir da semana que vem.


Tell you what, didn't see that coming

Miguel Pupo chega à elite aos 19 anos, após vencer o Prime de Trestles e fazer semifinais em outros dois, nas Ilhas Canárias (no ano passado) e em Portugal. Este estreia de fato, nunca competiu em um WT, nem como convidado. Lembro de Wagner Pupo nos anos 1990, em revistas da época encontra-se registros de seu talento - um entre tantos jovens que faria bonito no tour mundial se pudesse acompanhá-lo. Duas décadas depois, seu filho terá a oportunidade, em um circuito porém algo diferente.

O terceiro novato na lista seria o aussie Yadin Nicol, mas uma contusão séria fez com que sua vaga ficasse com outra promessa juvenil, o havaiano John John Florence, com 18 anos e uma conquista em Pipeline dez pés no currículo.

Eles têm vaga cativa nas cinco etapas restantes da temporada - Trestles, Hossegor, Peniche, Search e Pipeline. E nisso, convenhamos, o novo sistema faz pouco sentido, Bob Martinez tem razão, mesmo com sua total falta de bom senso. Por melhor que o trio faça, com apenas cinco resultados somados e contando nove, todos vão terminar mal no ranking da temporada (o World Title), ainda que bem no outro (o Men's World). São a renovação da elite, mas este ano não almejam título, são coadjuvantes por enquanto, ainda que decisivos, pois devem cruzar regularmente com os melhores ranqueados, e com isso interferir diretamente na reta final.

Pelo menos o local da estreia não podia ser mais apropriado: Trestles, com previsão de ondas no máximo medianas. Quem sabe nesse cenário surge motivo para acrescentar mais um nome à esta lista.

1 Comentários:

Castro Pereira disse...

Caracas, muito bom sempre. Excelente na informação, p/ quem sabe e quem não sabe. É isso Gustavo, o blog continua o bixo. Abçs