quarta-feira, fevereiro 10, 2010

O retrospecto de Peterson Rosa na ASP


Peterson na Barra da Tijuca; sete de suas maiores conquistas foram no Rio de Janeiro

Brasileiro recordista em participações no WCT (14 temporadas ininterruptas, de 1993 a 2006) e ainda em atividade, Peterson Rosa tem uma das carreiras mais longas do surfe brasileiro. Quinze anos separam sua primeira vitória no WQS de sua conquista mais recente, pelo SuperSurf, em 2008. Entre seus recordes - o tricampeonato nacional é outro - está um que pode ser igualado este ano por Adriano de Souza: é o único brasileiro que foi três vezes top 10 do WCT.

Pelas contas do Datasurfe, Peterson competiu em 177 etapas de primeira divisão da ASP. Disputou nove semifinais e venceu três; e das três decisões de WCT (número igual a Gouveia, Ribas, Neco e Mineiro) venceu uma, a segunda:

1998 - B.Tijuca - Peterson Rosa 28.85 d. Mick Campbell 27.4

Os dois vice-campeonatos foram no exterior:
1997 - Gold Coast - Kelly Slater 35.8 d. Peterson Rosa 27.45
2000 - Jeffrey's Bay - Jake Paterson 23.5 d. Peterson Rosa 15.5

Peterson também é o segundo brasileiro com maior número de vitórias no Qualifying (do qual foi vice-campeão em 1999): nove, entre 1993 e 2001 - duas no exterior:
1993 - Alternativa, Barra da Tijuca (RJ)
1994 - Nescau Surf Energy, Rio de Janeiro
1995 - Nescau Surf Energy, Tramandaí (RS)
1995 - Hang Loose Pro, Guarujá (SP)
1997 - Nescau Surf Energy, Capão (RS)
1997 - Copa Cerveza Cristal, Punta Rocas/Peru
1999 - Hang Loose Pro, Maresias (SP)
1999 - Rio Marathon Surf, Barra da Tijuca (RJ)
2001 - Mr Price Pro, Durban/África do Sul

Um diferencial de Peterson Rosa é que ele conciliou o tour mundial com feitos impressionantes no cenário nacional, tanto que é o único tricampeão brasileiro (1994, 1999 e 2000) e também foi vice duas vezes (1995 e 2002). Nas duas primeiras conquistas o ranking era definido pelas etapas brasileiras do WQS; na terceira, venceu o primeiro título da Era SuperSurf.

As 6 finais e 3 vitórias de Peterson no SuperSurf
2000 - Maresias (SP) - Fábio Gouveia/Peterson Rosa
2000 - Salvador (BA) - Peterson Rosa/Danilo Costa
2002 - Itaúna (RJ) - Costinha/Peterson Rosa
2002 - Prainha (RJ) - Leonardo Neves/Peterson Rosa
2003 - Maresias (SP) - Peterson Rosa/Sávio Carneiro
2008 - B.Tijuca (RJ) - Peterson Rosa/Gustavo Fernandes

Pré-WCT
1990 - 82º | disputou 13 das 21 etapas
1991 - 86º | disputou 8 das 17 etapas

WCT
1993 - 39º | disputou todas as 10 etapas
1994 - 17º | disputou todas as 10 etapas
1995 - 34º | disputou todas as 10 etapas
1996 - 30º | disputou todas as 14 etapas
1997 - 18º | disputou todas as 12 etapas
1998 - 8º | disputou todas as 11 etapas
1999 - 30º | disputou 12 das 13 etapas
2000 - 18º | disputou 12 das 13 etapas
2001 - 7º | disputou todas as 5 etapas
2002 - 19º | disputou todas as 12 etapas
2003 - 26º | disputou todas as 12 etapas
2004 - 10º | disputou todas as 11 etapas
2005 - 26º | disputou todas as 11 etapas
2006 - 29º | disputou todas as 11 etapas

Um breve retrospecto:

1990
Com 16 anos de idade (nasceu em 1974), competiu em 13 etapas e chegou ao evento principal em três: Lacanau, Margaret River (perdeu no round 1) e Ericeira (no round 2).

1991
Disputou oito etapas e varou as triagens em dois: Bells e Guarujá; em ambos ficou no round 1.

1992
Ganhou vaga de wildcard na etapa brasileira do WCT - perdeu no round 3 para Kelly Slater. Vice em dois WQS seguidos no Brasil (Barra da Tijuca e Guarujá), chegou à elite ao terminar em 36º no ranking.

1993
Em seu ano de estréia como integrante do WCT, só passou do round 3 em Lacanau (foi às oitavas) e com seguidas derrotas na repescagem terminou na base do ranking; mas manteve a vaga pelo WQS, no qual ficou em 15º, após vencer na Barra da Tijuca (sua primeira conquista pelo WQS) e ser vice na etapa seguinte, no Guarujá.

1994
Teve uma melhora substancial de desempenho na elite: foi à semifinal em Pipeline (em baterias de quatro), às quartas nas Ilhas Reunião e na Barra da Tijuca, e às oitavas em Hossegor. Ficou de fora dos top 16 por apenas uma posição. Também conquistou sua segunda vitória pelo WQS, novamente no Rio de Janeiro, que o ajudou a conquistar seu primeiro título brasileiro.

1995
Chegou três vezes às oitavas - em G-Land, Biarritz e Pipeline -, insuficiente para manter-se entre os top 45; mas garantiu a vaga com tranquilidade pelo WQS, no qual terminou em 5º após vencer duas etapas, ambas no Brasil. Foi vice-campeão brasileiro em uma decisão apertada, definida na última etapa em Itamambuca.

1996
Fez duas quartas-de-final (Narrabeen e G-Land) e duas oitavas (Portugal e Barra da Tijuca). Novamente manteve-se na elite apenas pelo WQS - terminou em 15º (seu melhor resultado foi um vice em Ubatuba).

1997
Como em 1994, quase chegou aos top 16 - ficou de fora por apenas duas posições. Disputou sua primeira final de WCT, em Kirra (perdeu para Slater); foi às quartas em Lacanau e às oitavas em Bells, Chiba e Portugal. Pelo Qualifying, venceu mais dois eventos (um deles no Peru, sua primeira conquista no exterior) e terminou em 8º.

1998
Fez sua melhor temporada até então: venceu na Barra da Tijuca, foi à semifinal em Bells e às oitavas em Kirra, J-Bay e Pipeline. Com isso chegou pela primeira vez aos top 10. Também foi vice em duas etapas do WQS, no Japão e na França.

1999
Apesar de alguns bons resultados - semifinal em Hossegor, quartas na Barra da Tijuca, oitavas em Lacanau -, não competiu em Pipeline e com seguidas derrotas na repescagem ficou em 30º no ranking. Mas manteve-se na elite com o vice-campeonato no WQS, pelo qual venceu duas etapas seguidas, ambas no Brasil. Essas conquistas também lhe deram o bi-campeonato brasileiro, no último ano em que o título nacional foi decidido pelas etapas locais do Qualifying.

2000
Disputou sua terceira e última final pelo WCT, em Jeffrey's Bay, foi às quartas em Bells e às oitavas em Mundaka e Pipeline. Não competiu em Trestles. Ficou de fora dos top 16 por apenas duas posições. Conquistou o tricampeonato brasileiro na primeira edição do SuperSurf - fez duas finais na estréia do novo circuito nacional e venceu uma.

2001
Na singular temporada de cinco etapas, alcançou sua melhor colocação - 7º, top 10 pela segunda vez - após chegar à semifinal em Sunset Beach, às quartas no Arpoador e às oitavas em Bells. Pelo WQS terminou em 18º, após vencer uma etapa em Durban (sua nona e mais recente conquista internacional, a segunda no exterior).

2002
Garantiu vaga na elite pelo próprio WCT, após alcançar a semifinal em Sunset (em baterias de quatro), as quartas em Teahupoo (quando derrotou Slater no round 1, em ondas de 10 pés) e Fiji, as oitavas em J-Bay e Portugal (cancelado por falta de ondas). Pelo SuperSurf, chegou novamente a duas finais e foi vice-campeão brasileiro pela segunda vez. A decisão foi em uma disputa emocionante na última etapa, na Prainha, quando perdeu para Leonardo Neves - se tivesse vencido, conquistaria o tetra.

2003
Caiu algumas posições no ranking mas manteve-se novamente pelo WCT; foi às oitavas em Teahupoo, Hossegor, Imbituba, Sunset e Pipeline (os dois últimos eventos com baterias de quatro atletas). Terminou o WQS em 17º e voltou a vencer pelo Super Surf, desta vez em Maresias (ficou em quarto no ranking nacional).

2004
Foi top 10 do WCT pela terceira e última vez, após fazer as quartas em Hossegor, Mundaka e Imbituba, e as oitavas em Gold Coast, Teahupoo, J-Bay e Trestles. Também foi vice-campeão do WQS nas Maldivas.

2005
Manteve-se na elite pelo próprio WCT, após fazer a semifinal em Saint Leu (na estreia do The Search) e as oitavas em Fiji e Hossegor.

2006
Em seu último ano na elite, Peterson foi às quartas em J-Bay e às oitavas em Imbituba. Terminou o ano em 29º, perdendo a vaga por duas posições.

A partir de 2007, Peterson voltou a competir pelo SuperSurf - foi top 16 por dois anos seguidos, inclusive vencendo a etapa decisiva de 2008, na Barra da Tijuca (sua conquista mais recente). E participou nos dois anos da etapa brasileira do WCT, como convidado, perdendo em ambas na repescagem.

Assim como Victor Ribas, segue competindo em 2010.

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