quarta-feira, outubro 19, 2011

O bom momento do surfe brasileiro no WT


'ou-nouuuuuuuuuuuuuuuu'

Inegavelmente o assunto da ocasião no WT, a expressiva presença brasileira no tour pode ser ilustrada por alguns números do Datasurfe.

Primeira marca: três títulos em um ano. É a primeira vez na era WT que brasileiros conquistam três vitórias em uma temporada. Os feitos de Mineiro e Medina igualam o recorde de 1991, quando Flávio Padaratz foi campeão na Barra da Tijuca, e logo depois Fábio Gouveia venceu no Guarujá e em Sunset. Porém, aquele ano - último antes da criação da elite - teve 17 etapas com status variados. A dupla atual faturou 3 em 9.

Batemos nessa trave das três vitórias algumas vezes. Em 2009 Mineiro chegou a três decisões (Gold Coast, Imbituba e Mundaka), mas venceu apenas a última. 1999 e 1994 também teve três finais com brazos, sem o aproveitamento deste ano. Em 2000 houve até mais - quatro decisões com brasileiros diferentes -, e nenhuma vitória.

Este ano seguimos com 100%.

Outro levantamento que comprova o bom momento do surfe nacional é a contagem de brasileiros entre os oito finalistas de cada etapa. A torcida costuma comemorar quando um tupiniquim chega às quartas-de-final. Pois em cinco etapas deste ano tivemos dois ou mais nos top 8: a melhor marca desde 2000. Todos os cinco brasileiros que começaram o ano na elite chegaram às quartas pelo menos uma vez - um time sem figurantes.

E o que dizer dos dois que entraram em setembro: um bateu Slater e foi campeão em seu segundo evento, o outro não chegou aos top 12 em Peniche por uma virada no tocar da buzina. O que nos leva a outro levantamento: o de brasileiros entre os top 12.

O Brasil colocou representantes no round 4 - a fase dos protagonistas - em todas as etapas até agora. Miguel Pupo ainda não chegou lá - afinal competiu em apenas três eventos - mas Mineiro o fez seis vezes, Aleho quatro, Heitor três. Montar um fantasy team sem um ou dois brazos hoje em dia é vacilo.

O Brasil nos top 12 em 2011:

Portugal: Adriano (1), Heitor (QF)
Hossegor: Medina (1), Alejo (QF)
Trestles: Heitor (SF), Adriano (QF)
NY: Alejo (SF), Heitor, Jadson (QF), Adriano (R5)
Teahupoo: Raoni (QF)
J-Bay: Aleho (QF)
Rio: Adriano (1), Raoni (R5)
Bells: Adriano (SF), Jadson (QF)
Gold Coast: Aleho (QF), Adriano (R5)

E por falar em protagonismo, a rivalidade Kelly/Owen é a favorita da mídia, mas como bem observa há algum tempo Júlio Adler em seus diários, quem mais balança o barquinho do rei atualmente é Adriano de Souza. Após nove derrotas seguidas (de 2004 a 2009), Mineiro venceu quatro dos últimos seis confrontos. E essa última foi enfática: em tubos de seis pés, na final de um evento histórico pela qualidade das ondas.

Que venha San Francisco, quem sabe um brazo carimba a faixa do 11º (ou melhor ainda, empurra a definição para Pipe)?


I got my eyes on youu

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