quarta-feira, agosto 10, 2011

Lá vem o Brasil subindo a ladeira


Medina na Vila

A cerca de seis semanas da rotação de setembro no WT, há oito brasileiros entre os top 34 do Mens World Ranking (e outros 13 entre os 100). Com o novo sistema é bem difícil fazer prognósticos, pois além de saber quantos pontos cada um pode ganhar, é preciso saber quanto vão perder. Mas é claro que enquanto alguns tem vaga garantida na reta final da temporada, outros se degladiam pelas que restam em aberto. Cinco eventos ainda devem influir na lista final.

Não há mais Primes antes da rotação, portanto a vantagem aparente é de quem já faz parte da elite, pois há dois WTs restantes no prazo decisivo: Teahupoo e Nova Iorque. E como dito aqui, não é preciso vencer muito nesses eventos para pontuar bem: bastam duas vitórias em três baterias. Chegar entre os top 12 garante no mínimo 2.400 pontos.

Mais algumas baterias então e qualquer integrante atualmente bem abaixo da zona de corte – como Fred P, Gabe Kling ou Bob Martinez, que já foi campeão duas vezes em Teahupoo – mantem seu lugar na elite, com meia dúzia de tubos ou de aéreos.

Já quem está fora do WT precisa ralar mais nesse período. Restam agora apenas três seis estrelas, o primeiro deles em andamento em Newquay, na Inglaterra, os seguintes em Lacanau e Zarautz. A realidade neles é bem diferente, mesmo numérica: 144 inscritos, oito ou nove rounds, baterias de 25 minutos e bem menos pontos em jogo.

Para igualar em um seis estrelas a pontuação de um top 12 de um WT é necessário chegar à final: o campeão recebe 3.500 pontos e o vice 2.640. Willian Cardoso, por exemplo, precisa avançar seis baterias, quatro delas em disputa homem-a-homem, para chegar na decisão (e ele estreia no round 2).

Dois caminhos distintos para garantir lugar na elite: quem já está precisa vencer poucas vezes, mas a adversários bem difíceis; quem quer entrar tem que vencer o dobro de vezes, mas a oponentes em tese menos gabaritados.

Se colocar mesmo oito ou mais representantes na reta final do WT, o Brasil alcança números que não tem desde 2006 - com a diferença de que a elite agora tem 34 e não 45 integrantes. E um detalhe interessante: metade desse time nacional é muito jovem, enquanto a outra acumula boa experiência.

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