Conforme mencionado aqui, nos próximos anos Adriano de Souza tem boas chances de estabelecer novas marcas para o surfe brasileiro no tour mundial - desde que tenha uma carreira extensa como as de Fábio Gouveia, Flávio e Neco Padaratz, Victor Ribas e Peterson Rosa. Com apenas quatro temporadas concluídas na elite, o paulista apresenta números significativos e está em ascensão.
Campeão mundial junior pela ASP em 2003 (título definido em janeiro de 2004), Adriano entrou para a elite ao ser campeão do WQS em 2005 - ano em que venceu duas etapas, na Costa do Sauípe e na França.
Também em 2004 e 2005 ele estreou pelo WCT, ainda como wildcard, nas etapas brasileiras. Em ambas perdeu no round 3: na primeira para Kelly Slater, na segunda para Damien Hobgood.
O confronto com Slater foi o primeiro de onze (dez pelo WCT) até o final de 2009. Adriano perdeu os nove primeiros (alguns com desfecho discutível) e deu o troco nos dois mais recentes. [Veja histórico]
Adriano participou de 43 etapas do WCT até hoje - entre 2006 a 2009, ausentou-se somente em Imbituba/2008 por causa de contusão. Nesse período, alcançou 3 finais (mesmo número de decisões de Neco, Ribas e Peterson, que somam mais do dobro de participações); fez outras 3 semifinais e parou sete vezes nas quartas-de-final.
Adriano na elite:
2006 - 20º - disputou todas as 11 - 1 QF | 1 SF
2007 - 28º - disputou todas as 10 - 1 QF
2008 - 7º - disputou 10 das 11 - 2 SF | 3 QF
2009 - 5º - disputou todas as 10 - 3 F | 2 QF
Um breve histórico ilustra a ascensão de Mineiro nos últimos anos:
2006
Estreou como integrante da elite com uma semifinal em Gold Coast, mas perdeu na repescagem nos três eventos seguintes. Foi às quartas em Jeffrey's Bay e às oitavas em Mundaka - não passou do round 3 nas demais, mas garantiu-se na elite pelo próprio WCT.
2007
Seu pior ano até hoje - passou do round 3 apenas duas vezes, repetindo as quartas em Jeffrey's Bay e as oitavas em Mundaka. No The Search do Chile abandonou o evento após ferir o rosto. Pelo WCT, ficou uma posição abaixo da zona de corte, mas se manteve na elite pelo WQS - venceu duas etapas seguidas no segundo semestre, em Itajaí e Itamambuca, e terminou em 16º no ranking.
2008
O começo da ascensão: mesmo não competindo no Brasil, foi top 10 pela primeira vez (igualando a marca de Peterson Rosa em 2001). A primeira final ainda não veio, mas teve regularidade: só não passou do round 3 uma vez, no The Search de Bali. Fez as oitavas em Gold Coast e Bells, quartas em Teahupoo, semi em Fiji, quartas em J-Bay, oitavas em Trestles, semi em Hossegor, quartas em Mundaka e oitavas em Pipeline.
Também venceu mais dois eventos pelo WQS, em Newcastle e na Bahia.
2009
O ano da afirmação: disputou três finais (em um mesmo ano, feito inédito para um brasileiro), conquistou o primeiro título, quebrou o tabu com Slater. Chegou aos top 5 (igualando marca de Fábio Gouveia em 1992) e passou a ser apontado como candidato ao título mundial por críticos como Lewis Samuel e Ian Cairns.
A temporada teve grandes feitos e alguns tropeços. Começou com o vice-campeonato na Gold Coast; perdeu na estréia em Bells; foi às quartas em Teahupoo; foi vice de novo, em Imbituba; perdeu na estréia em J-Bay; foi às quartas em Trestles; perdeu na repescagem em Hossegor; conquistou o primeiro título em Mundaka (bateu Slater na semi); foi às oitavas em Portugal; e fechou o ano no round 3 em Pipeline.
Detalhe: antes de Mundaka, ele já havia vencido Slater na semifinal do WQS em Huntington Beach.
Em 2010, torçamos para que o principal expoente brasileiro no tour amplie seus números com novos recordes.
LISTAS DE CAMPEÕES Geral WT WWT WQS JR ISA BrM BrF BrTour SC SP RJ RS NE CE Eventos Sul-americanos História

quarta-feira, fevereiro 17, 2010
A ascensão de Mineiro no tour mundial
por Gustavo Cabral Vaz |
3:43 PM
Categorias: Factuais
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 Comentários:
Postar um comentário