quinta-feira, agosto 26, 2010

O retrospecto de Neco Padaratz na ASP


Neco, Teahupoo 2010

Caçula de Flávio Padaratz, Neco carregou desde amador a expectativa de que brigaria pelo primeiro título mundial de um brasileiro no surfe profissional. Conquistou seu primeiro campeonato pro com apenas 13 anos - uma etapa do circuito catarinense em 1989.

A primeira vitória no WQS veio em 1995; conquistou mais nove até 2009, tornando-se recordista brasileiro de vitórias no Qualifying e quarto maior vencedor da história do circuito, atrás apenas de Sunny Garcia (22), Rob Machado (13) e Andy Irons (12). Foi bicampeão em 2003 e 2004, igualando feito do irmão Flávio Padaratz e do australiano Jake Paterson - somente os títulos de Neco foram consecutivos.

1995 - Nescau Surf Energy - Joaquina (SC), Brasil
1996 - Town and Country Pro - Itamambuca (SP), Brasil
1998 - Reef Brazil Classic - Joaquina (SC), Brasil
1999 - Maresia Surf Floripa - Mole (SC), Brasil
1999 - Ceará Pro - Icaraí (CE), Brasil
2003 - Hang Loose Pro - Noronha (PE), Brasil
2003 - The Mr Price Pro - Durban, África do Sul
2004 - Salomon Masters - Margaret River, Austrália
2006 - Vodafone Open Billabong - Newcastle, Austrália
2009 - CocaCola Saquarema Pro - Itaúna (RJ), Brasil

Neco integrou o WCT em dez temporadas entre 1997 e 2010 (sem contar 2005, quando foi afastado por suposto doping). Disputou três finais (duas seguidas, feito inédito para um brasileiro no WCT) e venceu duas: Huntington, em 1999, e Hossegor, em 2002. Até ser igualado por Adriano de Souza em 2011, era o único brasileiro com duas vitórias no formato WT, criado em 1992 (Fábio Gouveia tem mais vitórias (4) e Teco também tem duas conquistas, mas a maior parte no formato antigo do circuito).

Pelas contas do Datasurfe, seja como integrante da elite ou convidado, Neco competiu em 94 etapas do WCT entre 1997 e 2010. Seu melhor resultado foi na estreia, quando terminou entre os top 16:

1997 - 13º | disputou 11 das 12 etapas
1998 - 41º | disputou 6 das 11 etapas
1999 - disputou duas etapas
2000 - 27º | disputou todas as 13 etapas
2001 - 25º | disputou 4 das 5 etapas
2002 - 21º | disputou 9 das 12 etapas
2003 - 28º | disputou 11 das 12 etapas
2004 - 28º | disputou todas as 11 etapas
2005 - disputou 4 etapas
2007 - 21º | disputou todas as 10 etapas
2008 - 43º | disputou 7 das 10 etapas
2009 - disputou no Brasil como wildcard
2010 - disputou as primeiras 5 etapas

1997 - No primeiro ano no WCT, competiu em 11 das 12 etapas e terminou em 13º. A temporada de estréia foi a única em que terminou entre os top 16, após fazer três semifinais (Kirra, Lacanau e Sintra) e chegar às quartas-de-final em Chiba.

1998 - No segundo ano no WCT, competiu em apenas 6 das 11 etapas e terminou em 41º. Após alcançar as quartas-de-final em três etapas (Coke, Marui e J-Bay), afastou-se do tour durante o Op Pro para tratar de problemas de saúde. Perdeu cinco eventos e a vaga no WCT.

1999 - Reconquistou a vaga na elite ao terminar o WQS em 12º. Competiu em duas etapas do WCT como convidado (EUA e Brasil). Em Huntington, ganhou vaga após ser finalista do WQS na mesma praia, na semana anterior. Eliminou os líderes do ranking (Mark Occhilupo, Michael Campbell, Michael Lowe e Sunny Garcia) e venceu a primeira final brasileira do WCT, contra Fábio Gouveia. No Rio de Janeiro foi às quartas-de-final.

2000 - Em seu terceiro ano no WCT, competiu em todas as 13 etapas e terminou em 27º. Uma temporada com altos e baixos intensos: seguidos 33º, o quase afogamento em Teahupoo, até enfim alcançar as oitavas-de-final em Huntington e Portugal, as quartas em Lacanau e a semifinal no Rio de Janeiro.

2001 - Em sua quarta temporada no WCT, competiu em 4 das 5 etapas e terminou em 25º. Houve apenas 5 etapas por causa do atentado de 11 de setembro e Neco não voltou a Teahupoo. Seu melhor resultado foi as quartas-de-final no Rio de Janeiro.

2002 - Em seu quinto ano no WCT, competiu em 9 das 12 etapas e terminou em 21º. Perdeu três etapas (Teahupoo, Tavarua e J-Bay) por problemas de saúde, depois fez duas finais seguidas na Europa contra Andy Irons - conquistou em Hossegor sua segunda vitória no WCT. Chegou também à semifinal em Sunset, em baterias de quatro competidores.

2003 - Em seu sexto ano no WCT, competiu em 11 das 12 etapas e terminou em 28º. Após fazer as quartas-de-final na etapa de abertura na Gold Coast, não foi à Teahupoo e chegou às oitavas apenas mais uma vez, em Trestles.

2004 - Em seu sétimo ano WCT, competiu em todas as 11 etapas e repetiu o 28º da temporada anterior. Seu melhor resultado foi as oitavas-de-final em três eventos: Gold Coast, Hossegor e Brasil.

2005 - No que seria sua oitava temporada no WCT, competiu em quatro das cinco primeiras etapas. Recebeu uma nota 10 em Teahupoo (superando de vez o trauma) e chegou às oitavas em Fiji; em Jeffrey's Bay, recebeu a punição da ASP por suposto doping e foi afastado por um ano do tour.

2006 - Retornou à elite ao terminar o ano em 7º no WQS.

2007 - Em sua oitava temporada de fato no WCT, competiu em todas as 10 etapas e terminou em 21º. Passou do round 3 apenas no segundo semestre: chegou às quartas-de-final em Hossegor e Imbituba, e às oitavas em Trestles e Pipeline.

2008 - Em sua nona temporada no WCT, competiu nas primeiras 7 das 10 etapas e terminou em 43º. Seu melhor resultado foi as oitavas-de-final em Bells Beach. Em Trestles, sofreu a contusão nas costas. Abriu mão de pedir uma das vagas da ASP para o ano seguinte por considerar que não estava plenamente recuperado.

2010 - Após ganhar vaga da ASP por contusão, competiu nas primeiras cinco etapas da temporada e chegou três vezes ao round 3. Perdeu a vaga com a redução da elite em agosto, após Teahupoo.

Neco participou em onze das 19 edições da etapa brasileira do circuito desde 1992, e foi o melhor brasileiro (ou um dos) em três ocasiões: 2000, 2001 e 2007.

Neco no WCT Brasil:
1997 - Round 2
1999 - Quartas-de-final
2000 - Semifinal
2001 - Quartas-de-final
2002 - Round 3
2003 - Round 3
2004 - Oitavas-de-final
2006 - Round 2
2007 - Quartas-de-final
2009 - Round 3
2010 - Round 3

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