Cauli Rodrigues vence final carioca no segundo campeonato nacional realizado em Santa Catarina
Local: Praia da Joaquina, Florianópolis
Data: de 19 a 23 de janeiro de 1983
Resultado
1. Cauli Rodrigues (RJ)
2. Roberto Valério (RJ)
3. Luiz Neguinho (SP)
3. Bita Pereira (SC)
5. Picuruta Salazar (SP)
5. Rosaldo Cavalcanti (RJ)
5. Maurício Orelhinha (SP)
5. Dadá Figueiredo (RJ)
9. Nelson Ferreira
9. Roberto Lima (SC)
9. Lequinho Salazar (SP)
9. David Huzadel (SC)
9. Murilo Cavalcanti
9. Nino
9. Fernando Bittencourt
9. Fernando Bittencourt
Semifinal
Cauli Rodrigues d. Bita Pereira
Roberto Valério d. Luiz Neguinho
Quartas-de-final
Bita Pereira d. Dadá Figueiredo
Oitavas-de-final
Rosaldo Cavalcanti d. Roberto Lima
Round 1
Picuruta Salazar d. Mauro Pacheco
Roberto Valério d. Valdir Vargas
Lequinho Salazar d. Jefferson Cardoso
Roberto Lima d. Marcos Muga
Bita Pereira d. Fred D'Orey
8 pré-classificados: Luiz Neguinho, Maurício Orelhinha, David Huzadel, Philipe Castejá, Rubens "Bita" Pereira, Daniel Friedman, Roberto Valério e Jefferson Cardoso
24 classificados ao evento principal pelas triagens: Leleco, Mauro Pacheco, Marcos Muga, Cauli Rodrigues, Ismael Miranda, André Pitzalis, Valdir Vargas, Lequinho, Alexandre Primo, Picuruta, Nino, Neno do Tombo, Murilo Pacheco, Fernando Bittencourt, Ricardo Bocão, Almir Salazar, Frederico D'Orey, Rosaldo Cavalcanti, Dadá Figueiredo, Edu Duran, Rominho, Tinguinha Lima, Nelson Ferreira e Roberto Lima.
Segundo informações do jornal O Estado:
O torneio foi disputado de acordo com as normas da International Professional Surfing (IPS) e teve Cr$ 3,5 milhões em prêmios.
Premiação: Passagem ida-e-volta para a Austrália, prancha Tropical Brasil e colete Mormaii para o campeão; passagem para o Hawaii, prancha TB e colete para o vice; Cr$ 100 mil, prancha e colete para os 3º. Cr$ 50 mil e colete para os 5º; Cr$ 20 mil e coletes para os 9º.
Do 1º ao 4º também foram entregues troféus, e dos 5º aos 9º, medalhas.
Houve 128 inscritos, atingindo as expectativas dos organizadores Roberto Perdigão e Flávio Boabaid. As inscrições custaram Cr$ 8 mil e podiam ser feitas na Central da Setur, na Praça XV.
Na noite de 18 de janeiro foi realizado um coquetel de abertura com coletiva para imprensa e apresentação das baterias da fase eliminatória.
A etapa principal, realizada no sistema homem-a-homem, foi disputada no sábado e domingo por 32 surfistas: os 24 que passaram as triagens, mais oito pré-classificados pela colocação na edição anterior do Festival.
"O festival tem a característica de ser um tira-teima entre paulistas e cariocas em campo neutro - a Joaquina no caso. Os catarinenses correm por fora com excelentes chances de obter colocações de destaque".
Evento tinha sete juízes: Roberto Polli, Xandi e Bento, da ACS; Neguito, da Assoc. de Santos (juiz do Waimea 5000); Nelson, de São Paulo, Rudy Hermany e André Cotrim, da Assoc. da Barra da Tijuca (RJ). Critérios: manobras (qualidade e quantidade), velocidade, segurança e estilo, extensão e escolha das ondas (tamanho e qualidade). As baterias tinham duração de 20 minutos, com exceção da final que teve 30 minutos.
As triagens duraram três dias e tiveram baterias de quatro surfistas, classificando dois. A primeira fase eliminatória aconteceu no dia 19, com chuva e boas ondas. Destaques do primeiro dia: cariocas Valdir Vargas, André Pitzalis e Rosaldo Cavalcanti; paulista Neno do Tombo, capixaba Nelson Ferreira; e Bichinho, de Florianópolis.
Destaques do segundo dia (20): cariocas Rodolfo Lima, Vitor Vasconcelos, Israel Miranda e Pedro Bataglin; paulistas Bilo e Feio; Pedroca (SC) e Ricardo Sefton (RS). Classificaram-se 4 catarinenses: além de Pedroca, Bichinho, Roberto Lima e Zeno Brito.
Na última fase eliminatória foram feitas oito baterias de quatro atletas, avançando três (reduzindo os 32 atletas para 24 classificados ao evento principal). Roberto Lima foi o único catarinense que passou pela triagem: Marcelo César "Ratinho" perdeu na última fase. Neste dia a Master Promoções promoveu uma festa no Le 88, onde foi feito o sorteio das baterias para o evento principal.
Edição do dia 21 destacou equipe Raízes, representante do surf gaúcho, formada por Marcelo Pacheco, Roberto Bitty Duarte, Edu Coufal, Caio Chaves Barcelos, Ricardo Garcia, Ricardo e Paulo Sefton. Pacheco, Bitty e Sefton avançaram nas triagens.
Cauli Rodrigues elogiou a organização: "uma das melhores que já vi, chega perto de um Waimea 5000 e o julgamento está muito bom". Ricardo Bocão declarou em entrevista que iria competir as etapas do Circuito Mundial com patrocínio da Seagull, Nylon e co-patrocínio das pranchas Kek e roupas de borracha Dove.
No sábado (22) foram feitas 16 baterias homem-a-homem, em ondas pequenas. A mais disputada foi vencida no desempate por Picuruta Salazar sobre Mauro Pacheco. Roberto Valério derrotou Valdir Vargas (ambos vice-campeões do Waimea 5000) por pequena margem. Três pré-classificados caíram na estréia: Jefferson Cardoso (para Lequinho Salazar), Felipe Castejá e Daniel Friedman.
"Seguindo uma espécie de tradição em campeonatos brasileiros de importância, esse Festival Olympikus não fugiu a regra: a final sem ondas, ou muito poucas".
Roberto Lima derrotou Marcos Muga, mas no domingo perdeu nas oitavas para Rosaldo Cavalcanti, no desempate. David Huzadel também foi eliminado nas oitavas. Bita Pereira perdeu na semifinal para Cauli, após eliminar Fred D'Orey e Dadá Figueiredo.
Clipping: coluna do Miro
"O santo surfista - Um fato pitoresco flagrado pelo setorista do esporte amador do jornal, Marcos Heise (...). Sábado à tarde o surfista Carioca Fred D'Orey chega até o palanque preocupado. Pouco antes da bateria com o catarinense Bita ele encontrou seu adversário sentado na areia lendo trechos da Bíblia em voz alta. O carioca perdeu essa bateria e Bita chegou às semifinais (...)."
Mais: Blog do Máurio Borges.
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